BAGÉ WEATHER

Renda

Governo propõe ao Congresso isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

Joédson Alves imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

O presidente Lula (PT) enviou ao Congresso nesta terça-feira, dia 18, um projeto de lei que dá isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Além disso, prevê desconto parcial para aqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês. Caso aprovadas, as medidas valem a partir de 2026. 

Com as medidas, aproximadamente 10 milhões de contribuintes devem deixar de pagar IR a partir de 2026. Visando compensar a perda de arrecadação, estimada em R$ 27 bilhões em 2026, a proposta prevê taxar aqueles que ganham mais de R$ 50 mil por mês, que equivale a R$ 600 mil por ano. 

Atualmente, a faixa de isenção do IR está em R$ 2.824 e o governo prevê aumentar para R$ 3.036 (dois salários mínimos) ainda este ano, que também deve passar pelo Congresso. 

Tributação mínima 

A nova regra não afeta rendas já tributadas na fonte, sendo aplicada apenas a quem recebe rendimentos isentos. Ou seja, mesmo que o rendimento total anual do contribuinte ultrapasse R$ 600 mil, ele só será impactado se parte significativa desse valor vier de rendimentos isentos. 

A tributação mínima para altas rendas será de forma progressiva e só começará a ser aplicada para rendimentos acima de R$ 600 mil por ano. Primeiro, serão somadas todas as rendas recebidas no ano, incluindo salário, aluguéis, dividendos e outros rendimentos. Se a soma for menor que R$ 600 mil, não há cobrança adicional. Se ultrapassar esse valor, será aplicada uma alíquota que cresce gradualmente até 10% para quem ganha R$ 1,2 milhão ou mais. 

Ainda segundo o governo, mesmo com a alíquota mínima, a tributação sobre pessoas jurídicas e físicas no Brasil continuará abaixo da média internacional. Quanto aos dividendos, o projeto impede que tributação conjunta da pessoa jurídica e da pessoa física no Brasil seja superior a 34%. 

Promessa 

Essa foi uma das propostas da campanha de Lula – e também é uma aposta para melhorar a queda de sua popularidade. O projeto beneficia a classe média, mas ainda precisa passar pela Câmara e Senado, não impactando da declaração deste ano. 

O projeto já havia sido anunciado ano passado, junto com medida de cortes de gastos, porém o governo segurou o envio ao Congresso motivado pela disparada da cotação do dólar e má repercussão no mercado financeiro. Após a troca de comando tanto na Câmara quanto no Senado, a gestão refez os cálculos e fez o envio.

Câmara derruba veto que impedia aplicação de programa de saúde mental nas escolas Anterior

Câmara derruba veto que impedia aplicação de programa de saúde mental nas escolas

Sistema de gestão de frota municipal deve ser apresentado à Câmara Próximo

Sistema de gestão de frota municipal deve ser apresentado à Câmara

Deixe seu comentário