A banda do Instituto Municipal de Belas Artes (Imba) comemorará os 60 anos de atividades dentro da programação da Semana de Bagé. A apresentação acontece neste sábado, a partir das 19h30min, na Paróquia do Crucificado. Com cerca de 30 componentes, o grupo conta com músicos em diversos instrumentos, como flauta transversa, clarinete, saxofone, trompete, trombone, contrabaixo e percussão. Segundo o coordenador e regente Lucas Barres, o repertório será aberto com a execução dos hinos de Bagé, Rio Grande do Sul e Brasil. Após, o conjunto exibirá ao público trilhas de filmes como Piratas do Caribe e Como Treinar seu Dragão, e canções de música popular brasileira (MPB). Um deles é Tom Jobim. O concerto tem duração de uma hora. O evento é uma realização do Imba, com apoio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) e Igreja do Crucificado.
Conforme o diretor do Imba, Flávio Dutra, a banda tem obtido várias premiações em concursos e festivais regionais. Inclusive, há quatro anos consecutivos, o grupo bageense fica em primeiro lugar no Festival de Bandas Gaúchas, na categoria de concerto. “A maioria dos componentes são alunos. Porém, muitos dos ex-alunos não perdem o vínculo e seguem ensaiando, na medida do possível. Os professores também integram o conjunto”, relata.
E nesse contexto dos ensaios, Dutra ressalta as modificações que foram adotadas em 2017. “Antes, fazíamos os ensaios internamente. Agora, abrimos as portas do Imba enquanto estamos tocando. E isso tem deixado bastante curiosas as pessoas que passam em frente ao prédio. Nossa ideia é tornar o Imba um local cada vez mais popular. Antigamente, a escola era dedicada para pessoas de classes média e alta. Porém, o cenário mudou”, enfatiza.
Os ensaios acontecem sempre aos sábados, às 15h. Para o verão, o diretor não descarta a possibilidade de ocorrerem a céu aberto, mais especificamente, em praças públicas. Outra característica destacada por Dutra é o fato de a banda se tornar cada vez mais itinerante, ou seja, tem focado em apresentações em eventos da cidade, bem como em escolas de diversos bairros.
Histórico registrado
Regente, Barres comenta que finalizou a graduação em Música, pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa), em 2016. E o trabalho de conclusão de curso (TCC) teve como temática a banda, numa perspectiva de evolução musical. E para que fizesse a produção, o músico conta que precisou fazer uma contextualização histórica sobre o grupo. “Nessa pesquisa, descobrimos que a banda tinha sido fundada em 1958, porém sem conhecimento de uma data exata. A idealizadora foi Rita Jobim Vasconcellos, diretora da época. Depois, nomeou Aline Dupont Teixeira como responsável pela banda”, relembra. Uma curiosidade é de que, inicialmente, o conjunto era formado apenas por mulheres. Todas as informações históricas, expostas por Barres tiveram como referência os materiais da professora Neiva Martinez, que foi responsável pela banda de 1960 a 1983.
Mudança de estilo
Barres ingressou na banda em 1996 e saiu em 2002. Posteriormente, retornou em 2007, onde permanece até os dias atuais. Nos últimos anos, além de ter se destacado no cenário de concursos e festivais, uma mudança significativa que ele observa é a definição do modelo de apresentação, ao estilo concerto. Na prática, a banda deixa de adotar o aspecto marcial e os integrantes passam a tocar sentados. “Marchamos apenas em momentos pontuais, como datas cívicas. Creio que essa foi a grande diferença nos últimos anos.