A vitória maiúscula de Jair Bolsonaro continua com o tempero da esperança em melhoras. O que é salutar. O cidadão quer viver tranqüilo e com o mínimo necessário para sua sobrevivência e o da sua família. Quer ter acesso à saúde e escola. À medida que as festas de final de ano estão perto, o controle de tudo o que está acontecendo, não tem sido intensamente divulgado. Agora o que queremos é festejar a entrada do próximo ano. É claro que a imprensa foca seu noticiário nas vendas de final de ano. Será maior ou menor? Dependendo das compras, a arrecadação dos governos será maior ou menor. Mas isso depende do décimo terceiro salário. No que diz respeito às empresas privadas isso está acontecendo ao natural. Aliás, sempre aconteceu. Aqui ou ali alguma dificuldade. Também não é novidade. Porém, e sempre tem um porém, tudo depende dos governos: Federal, estaduais e municipais. É claro que isso é fácil de explicar. Um percentual elevado da população é de funcionários públicos. Dependem do décimo terceiro para colocar suas contas em dia e abrir crediário para as compras de final de ano. No ano passado, por exemplo, a média gasta com presentes de natal, foi bem inferior aos últimos anos. Tomando por base o Rio Grande do Sul, o funcionalismo estadual só recebeu porque aderiu ao “empréstimo garantido pelo governo”. Este empréstimo foi quitado, em sua última parcela, no final do mês de outubro. Até a semana passada, José Sartori, estava esperando a aprovação da Assembléia para usar o mesmo sistema. Acontece que agora a dívida ficará para o próximo governador. Pode até ter sido aprovado. Não li nenhuma notícia neste sentido. Pelo andar da carroça podemos analisar o início de gestão de Eduardo Leite. O atual governo terá até o fim da gestão que quitar três folhas de pagamento: novembro, dezembro e décimo. Se conseguir pagar duas, o que duvido, deve se sentir realizado. E isso não é novidade aqui no Sul. Muitos governadores usaram da antecipação do ICMS, de 10 de janeiro para o final de dezembro. Mesmo assim deixaram de pagar outras dívidas. Então, apenas como análise do início do próximo ano, a dificuldade que terão os novos governos não será fácil. Como nunca foi. Então, neste aspecto não haverá nenhuma novidade. Então qual a solução para a situação do Brasil? É isso que está agradando ás pessoas de bom censo. Vamos adiante.
Gestão e menos politicagem
É o que estamos acompanhando na formação dos novos governos. Talvez até por inexigibilidade de outra conduta. Ou enquadra o gasto público dentro da arrecadação, ou sucumbe. No caso de Jair Bolsonaro sua primeira decisão foi diminuir a máquina pública. Vai funcionar com 16 ministérios. Só aí vai economizar uma montanha de dinheiro gasta com “parceiros” políticos. Ou com os famosos “cabos eleitorais”. Repetindo o que já abordei logo no início do processo: vai liberar três edifícios que serviam para abrigar ministérios, cujo gasto com aluguel atingiu 85 milhões. Vai aglutinar ministérios e suprimir mais de seis mil cargos de confiança. Já está criando um regra para uso dos aviões da FAB. Ou seja, vai terminar com 50% do uso indevido até aqui. Cartões corporativos e outros penduricalhos, entre eles o uso de automóveis oficiais, terão regras especificas. Tanto em viagens, o que gera diárias elevadas, como regular o uso de telefone para casos específicos. Isso tem agradado o cidadão de bem. Pode desagradar a quem usava o benefício para uso particular. Então, as decisões anunciadas até agora geram otimismo. A mesma coisa está acontecendo nos estados, e o Rio Grande do Sul não está fazendo outra coisa. Tem que cortar todas “as gorduras” na função pública. Isso só, sei, não solucionará todos os problemas pelos quais passamos. Mas mostra a intenção de uma gestão séria. E isso gera otimismo. Cada um vai fazer sua parte. Outra coisa que me chama atenção no novo governo é a matéria divulgada pela imprensa sobre a suspeição que paira sobre seu super ministro, Paulo Guedes. Ele respondeu com uma declaração simples:”desconheço a investigação”. Inclusive, está marcado para quarta feira (dia 5/12) o depoimento de Guedes ao Ministério Público Federal. Jair foi incisivo: “Eu integro o Poder Legislativo no momento e integrarei o Executivo. Isso compete ao Judiciário. Como foi conversado com Sérgio Moro qualquer robustez em denúncia, nós afastaremos o respectivo ministro, independente de quem seja". Fala claro e não titubeia. Isso tem agradado. Certo?